Flores de plásticos, flores sem vida, brilho e encantamento perdidos em palavras vazias que hipnotizam os sonhos e as esperanças.
Toda cena verdadeira é cortada pelas mãos de um diretor oculto que logo depois diz:
“LUZ/CÂMERA/AÇÃO!”, para uma falsidade que não tem mais fim.
Roubam insistentemente nossa esperança, nos condenando a um eterno recomeço.
Se tudo deu certo, é porque fui resiliente e o DOM DA FORTALEZA foi intensamente derramado sobre mim.
Não foi você a me acolher e acalentar meu desespero.
Trouxeste flores de plástico, atenção desprovida dos sentidos da emoção. Negou a verdade do momento, os encantamentos das verdades.
Em você, tudo é distração de verdades doídas, vividas sem fim.
Um eterno esconder-se de um passado onde fostes vítima.
Como roubaram-lhe tudo, até mesmo o direito de ser vítima, tornastes dopada por uma dor que não passa.
Tornastes atriz sem talento, mecanizando todos os gestos de emoções verdadeiras.
Tornastes a expressão da mentira, representações mal feitas que roubam os encantos.
Quem é você?
Quem sou eu?
Bela reflexão. Um convite a insistirmos nessa busca....Óh primavera, por onde andas? Parabéns amiga escritora.
ResponderExcluirParabéns pelo texto, ele é profundo e com uma poesia amarga...
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