domingo, 18 de agosto de 2024

EM BUSCA DA PRIMAVERA NA ALMA


Flores de plásticos, flores sem vida, brilho e encantamento perdidos em palavras vazias que hipnotizam os sonhos e as esperanças.

Toda cena verdadeira é cortada pelas mãos de um diretor oculto que logo depois diz:

“LUZ/CÂMERA/AÇÃO!”, para uma falsidade que não tem mais fim.

Roubam insistentemente nossa esperança, nos condenando a um eterno recomeço.

Se tudo deu certo, é porque fui resiliente e o DOM DA FORTALEZA foi intensamente derramado sobre mim. 

Não foi você a me acolher e acalentar meu desespero.

Trouxeste flores de plástico, atenção desprovida dos sentidos da emoção. Negou a verdade do momento, os encantamentos das verdades.

Em você, tudo é distração de verdades doídas, vividas sem fim.

Um eterno esconder-se de um passado onde fostes vítima.

Como roubaram-lhe tudo, até mesmo o direito de ser vítima, tornastes dopada por uma dor que não passa.

Tornastes atriz sem talento, mecanizando todos os gestos de emoções verdadeiras.

Tornastes a expressão da mentira, representações mal feitas que roubam os encantos.

Quem é você?

Quem sou eu?

2 comentários:

  1. Bela reflexão. Um convite a insistirmos nessa busca....Óh primavera, por onde andas? Parabéns amiga escritora.

    ResponderExcluir
  2. Parabéns pelo texto, ele é profundo e com uma poesia amarga...

    ResponderExcluir

TRANSFORMANDO FRAGILIDADE EM FORÇA

Transformando desequilíbrio em equilíbrio. Um brilho do sol refletido no espelho insiste em incomodar, direcionando o fechar dos olhos para ...