QUANDO FAZER O CERTO TRAZ RESULTADOS ERRADOS…
Recebi essa semana um artigo dizendo que começam a ocorrer cultos "evangélicos" nos intervalos das escolas públicas de São Paulo.
E o desafio do enfrentamento ideológico começa novamente, de novo, menos de um minuto depois do anterior.
Mais um tema que nós, denominados de esquerda e os verdadeiramente de esquerda, defensores dos Direitos Humanos, da pluralidade de ideias, dos direitos dos trabalhadores e etc - nossas pautas não acabam -, temos de enfrentar.
Diante do desafio me coloco algumas questões:
- por que é um problema?
- quem irá enfrentá-lo?
- como enfrentá-lo?
Por hoje, tenho clareza apenas de quem NÃO VAI enfrentá-lo:
- os diretores de escola não vão enfrentar, porque diante da quantidade de problemas que possuem nas escolas, um grupo de alunos estudando o evangelho no intervalo lhes chega mais como solução do que como desafio ideológico. E mesmo que interpretasse como desafio ideológico, quem tem tempo para esse enfrentamento, ao trabalhar o dia inteiro atendendo bullying presencial e online, agressão física, assim como ameaça de bombas, tiroteios e etc?
- a Igreja Católica não vai enfrentar, porque depois de muitos erros no passado aprendeu a seguir a parte do evangelho que diz: “ E João lhe respondeu, dizendo: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós, é por nós.”(Marcos 9, 38-40)
- a esquerda, que vou denominar de tradicional/institucional, até poderia enfrentar, mas se chegar com o discurso de estado laico, estará dando um "grande palco" para a extrema direita dizer que é repressão religiosa.
Que fique claro que o escrito acima é uma interpretação pessoal do fenômeno que pode se desmoronar a qualquer momento com fatos surpreendentes. A VIDA PULSA, É INOVAÇÃO E MUITAS VEZES NÃO SEGUE O RITMO MAIS LENTO DAS NOSSAS REFLEXÕES.
O que me chama atenção nas minhas interpretações dos possíveis grupos de intervenção é que estão todos repletos de "razão" na justificativa de NÃO INTERVIR - eu chego a definir essas justificativas como nobres.
O problema é que, ideologicamente e teologicamente, sabemos qual é o resultado dessa ação em um futuro próximo, sabemos que alguns querem transformar o Brasil em uma ditadura teocrática que de cristã não possui nada.
Mas então, o que fazer?
Nos próximos textos, me aprofundarei no tema e buscarei respostas.
Até lá....
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