Caístes o olhar para baixo.
Dependente de mãos humanas para se reerguer.
Dizem que buscas o SOL em seu movimento.
Buscas o SOL com a determinação que um cristão deveria buscar seu amado Deus, massacrado pelas mãos de homens que perderam a humanidade.
Cercado por rosas, se tornou oculto em sua queda.
Ocultou-se para contemplar a beleza das rosas?
Se fosse humano, sentiria inveja do perfume de outras flores.
Seu formato me lembra cara de criança encantada aprendendo a falar.
Existiria um olho, uma boca e um nariz oculto entre as suas sementes?
Assemelha-se a uma bolacha gigante com vida própria.
Quando te contemplo no seu silêncio, não consigo deixar de imaginar palavras poéticas.
Não sabes do fogo que queimou a vizinhança e que existem coqueiros QUEIMADOS VIVOS resistindo bravamente.
Não sabes que o tempo corrói a todas nós e muitas já não tem tempo de te contemplar, que dirá plantar-te, aguar-te, cuidar-te.
Sobrevives sobre o olhar atento de uma mulher que te cuida.
Porque, para ela, não basta cuidar (trabalhar) do marido, dos filhos e filhas, da casa, da comida, das roupas, da visita e do lanche. É preciso plantar para gerar flores e depois cuidar delas.
Porque, para algumas mulheres, é preciso sempre GERMINAR vida!
Vida encantada em flores que buscam o SOL!
Outras mulheres, como eu, sabem apenas escrever poesias sobre a vida.
Mas outras lutam contra a implementação dos transgênicos, que querem tirar a liberdade de ser das plantas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário