Diante do desespero da dor, sempre tive a mística das palavras associadas à mística da minha fé. Mora no meu coração, a esperança tênue, que sempre vai chegar alguém com palavras belas e aplacar as iras.
Na minha história de vida e na minha prática profissional, muitas vezes eu pude presenciar essa mística, em outras eu fui a voz que clama no deserto das revoltas, acalmando os desesperos.
Mas com o passar dos tempos, tenho percebido que quanto mais alto o poder terreno, menos chances as palavras belas têm de aplacar as iras. Deve ser por isso que Jesus falou para os pobres, as pessoas à beira do caminho, excluídos da sociedade.
Quando assisto as famílias Palestinas sendo assassinadas, com suas crianças sendo exterminadas, me lembro automaticamente do assassinato das crianças por Herodes:
Evangelho de São Mateus, capítulo 2, versículo 16:
“Vendo, então, Herodes que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irritado e mandou massacrar em Belém e nos seus arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo exato que havia indagado dos magos.”
Segundo o mesmo Evangelho de São Mateus, no versículo 13, José foi avisado em sonho que deveria levar a mãe e o menino para o Egito:
“..... um anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse: “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito; fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”.”
https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-mateus/2/
E José fugiu, e o menino Jesus foi salvo do massacre.
Cada mulher Palestina fugindo dos ataques de Israel me lembra essa cena de Maria fugindo para o Egito. E meu coração se coloca em oração espontânea e diz:
MEU DEUS! A FRONTEIRA ESTÁ FECHADA!
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