Quando a administração do tempo nos escapa em fragmentos de cansaço e já não damos conta nem mesmo de registrar nossas ideias mais caras para elaborar os conteúdos que nos angustia, vem uma amiga online, emprestando suas palavras poéticas e descritivas para definir o belo da vida no "corre corre" de uma trabalhadora no sistema capitalista. E eu só tive de editar o texto.
ENTARDECER NO SERTÃO
“Como está?”
“Como está?!?”
Voltando pra sua casa no seu sítio. E no caminho um cheiro de matas e flores, os pássaros cantando debaixo de um céu avermelhado pelo pôr do sol.
O SOL NO SEU ÚLTIMO CLARÃO!
E os arenacios macios debaixo dos seus pés, a cada passo um novo cheiro. As árvores ainda com suas gotas da chuva vespertina.
Sua consciência está entre o presente da caminhada e a emoção de estar quase chegando no seu sítio que abriga gentilmente um mundo de cores.
Tudo no seu sítio tem vida , tudo ao mesmo tempo se move, se manifesta. Cada forma de vida ao seu tempo. Tudo orquestrado pela natureza divina, uma dança no mesmo compasso, cada qual à sua forma de vida.
Finalmente a visão da casa, os cheiros tão conhecidos, tão corriqueiros, mas parece que faz tanto tempo que você não adentra em sua casinha.
Tudo ainda continua numa dança perfeita!
Ó, quão majestoso é o entardecer no sítio!
Você não se cansa de chegar!
No aconchego da sua casa que lhe abraça carinhosamente.
Entardecer no sertão
De Maria Rosalina.
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