Enquanto as mulheres católicas, durante séculos a fio, olham/contemplam o silêncio de Maria, a MULHER PALESTINA parece viver esse SILÊNCIO EM SUA TOTALIDADE nas mídias, nos apresentando seu Jesus ferido, machucado, chagado, já mesmo na infância.
Nós católicas contemplamos o silêncio de Maria através de algumas passagens bíblicas:
- Anunciação do anjo
- Dar a luz na gruta de Belém
- Os presentes dos Reis Magos
- A apresentação do Menino Jesus no Templo - a fala de Simeão
- Fuga para o Egito
- O encontro de Jesus com os doutores da Lei - a perda de Jesus
- A crucificação e morte de Jesus.
E confesso que, nas demais partes do ano, no cotidiano da existência, conhecemos e praticamos muito pouco de Maria.
Eu mesma, em 2022, quando me vi envolta em situações que haviam assédio sexual, enfrentei, lutei, me posicionei - mas para isso precisei falar, chorar, "espernear". Incomodei amigas e amigos, li livros, assisti palestras, escrevi, mandei mensagens e cartas e, por várias vezes, quase sucumbi.
Mas, ligo a internet e as mulheres Palestinas estão ali, dia após dia, semanas após semanas, meses, anos... Sua resistência longínqua me inspira e minha fragilidade me envergonha. Acredito que vivem esse silêncio por anos a fio, essa mística de ficar de pé, mesmo quando forças poderosas as atacam e atacam aqueles a quem amam.
Raramente falam, mas quando o fazem, não pedem por si, pedem por seu povo.
Assim que os ataques acabarem, quero a honra de poder abraçar uma mulher Palestina.
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