Para o catolicismo o Tempo do Natal inicia em 25/12 e termina em 08/01. Neste Tempo quero contemplar
Maria, a mãe de Jesus.
NO CENTRO DO TEMPO LITÚRGICO católico está Jesus, sua história e trajetória.
Mas, nas entrelinhas da história, ESTÁ UMA MULHER especial - MARIA. Acompanhada por várias outras mulheres que mal aparecem na narrativa, como sua mãe Ana e sua tia Isabel, Maria é o "fio de Ariadne" que permite que a história evolua e Deus se concretize na vida humana.
É para essa mulher que olho hoje - 28/12/2022.
Entendo que precisamos parar de romantizar a situação de Maria, uma vez que a realidade histórica da mesma não era nada favorável.
Hoje, entre as luzes e os presentes de Natal, poucos pensam, mesmo porque não nos é ensinado a pensar, que quando Maria disse SIM à gestação de Jesus, quando disse SIM à vida de Jesus, seu risco era de morte.
Pois, até onde me lembro das histórias bíblicas, mulheres solteiras grávidas eram inconcebíveis.
Como estava prometida a José, Maria seria considerada adúltera e como tal seria apedrejada, conforme Levítico 20,10 - https://www.abiblia.org/ver.php?id=12093.
Portanto, destaco que o SIM de Maria à gestação de Jesus era concomitantemente um desafio à morte, estabelecida socialmente, culturalmente aceita e legalmente definida.
Concluo que a espiritualidade feminina vem não apenas da capacidade de "misturar a dor e a alegria", conforme nos cantou lindamente Milton Nascimento, mas também de misturar realidade bruta com esperança, teimosia com inteligência, atitude com fé, fé com caminhar.
ESPIRITUALIDADE FEMININA, ASSIM COMO A VIDA, É UMA MISTURA DE TUDO.
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