AGOSTO LILÁS - MÊS DE COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
No mês de Março deste ano (2022) participei de três eventos em comemoração ao 08 de Março, dia Internacional de luta pelos direitos das mulheres. Estes eventos foram diversificados e com grupos sociais de diversas tendências.
Organizei, na Pastoral Operária de Campinas, onde sou coordenadora, uma palestra online com a Doutora Phamela Godoy – advogada coordenadora do Projeto BASTA! NÃO IRÃO NOS CALAR! da CUT São Paulo - https://spbancarios.com.br/11/2021/basta-nao-irao-nos-calar-projeto-do-sindicato-supera-200-atendimentos-de-mulheres-vitimas
Participei de uma roda de conversa de psicólogas da UNIP(polo de Cosmópolis), a convite da Mantenedora Gorete, discutindo a situação da mulher na sociedade, seus diversos papéis, a violência doméstica, questões legais e encaminhamentos, a necessidade da roda de conversa como resgate de um estilo feminino de solucionar conflitos. No evento, através da participação online, ficou claro o alto nível de sofrimento de mulheres que foram vítimas de violência doméstica e que, portanto, era urgente um mecanismo de acolhimento dessa demanda. Assim, a Roda de Conversa de Março deu origem a dois projetos – a manutenção da roda de Conversa Permanente –, mensalmente - abordando o tema mulher nos mais diversos contextos e o projeto Plantão Psicológico que atende demandas urgentes, totalmente gratuito.
Apresentei um evento em Praça Pública, organizado pela UNIP, coordenado pela mantenedora Gorete, com a participação da Delegada Terezinha, grupos culturais da cidade, presença de todas as vereadoras da cidade, barracas de artesanato e alimentos, exposição de trabalhos escolares de adolescentes das escolas municipais sobre o tema.
No evento da praça, descobri algumas coisas importantes:
- mulheres diferentes podem se encontrar nas praças do mundo e compartilhar vida e cultura sem grandes dificuldades;
- mulheres com tendências políticas e ideológicas diferentes podem sim, se encontrar e conversar sobre temas importantes para sua classe e a sociedade em geral.
- a guarda municipal do município possui um atendimento especializado, onde quem atende uma mulher vítima de violência são profissionais femininas – ISSO É UM GRANDE AVANÇO.
- e sim, o número de feminicídio está aumentando em relação ao passado, o que nos coloca um alerta - antes as mulheres apanhavam dos companheiros, o que já era muito grave, agora além de apanhar elas estão morrendo em maior número.
- por último, eu possuo um possível talento para ser Mestre de Cerimônia - fui elogiada até pelo rapaz do Departamento Municipal de Cultura, que me disse que parecia que eu fazia isso a anos, sendo que foi a primeira vez - rss.
Em todos estes eventos, em diferentes contextos e grupos ideológicos surgiu uma pergunta que me marcou:
POR QUE NÃO NOS OUVEM?
É para essa frase que vou buscar construir respostas em minhas reflexões e compartilhar aqui durante o mês de Agosto.
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