segunda-feira, 22 de agosto de 2022

AGOSTO LILÁS – MÊS DE COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

 CULTURA DE COMPLEMENTARIEDADE.


Ao refletir sobre a pergunta “POR QUE NÃO NOS OUVEM?”, compreendi que precisamos aprender a falar de diversas formas, em diversas linguagens e estilos, tons e cores, silêncios e olhares, poesias e narrativas, danças e palavras.

Atualmente, fruto da influência cultural americana  em nosso país, quando se quer  criticar  a  dificuldade  de compreensão de uma pessoa, se usa a seguinte frase:


"ENTENDEU OU QUER QUE EU DESENHE?"


Essa frase é usada quando se quer ofender, criticando a  incapacidade  do  interlocutor  de  compreender determinadas questões.

Mas para nós, mulheres brasileiras, que aprendemos a viver as diferenças de forma tranquila, aprendemos com essas diferenças que é possível transformar uma possível ofensa em aprendizado. Em meio às opressões vamos em busca do conhecimento que nos permita superar o desafio colocado.

Assim, se alguém lhe disser a frase “ENTENDEU OU QUER QUE EU DESENHE”,  lembre-se  que,  para Gardner - Teoria das inteligências múltiplas de Gardner: confira os tipos! (descomplica.com.br) –, um importante psicólogo que definiu os diversos tipos de Inteligência Humana, algumas pessoas só aprendem através do desenho.

E, é dentro dessa multiplicidade de Inteligência e formas de aprender, que começo a ampliar a resposta para a pergunta que mobilizou os textos deste mês de Agosto em relação ao COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER:


POR QUE NÃO NOS OUVEM?


Nessa busca ansiosa para encontrar o modelo de conscientização ideal que toque corações e almas e nos liberte dessa mancha histórica que é a violência contra a mulher, entendi que, se for preciso, vamos desenhar sim.

Se precisar, vamos desenhar, cantar canções, contar números, fazer tabelas, vamos gritar nas praças, lutar para que o tema seja abordado nas instituições, que seja dançado, iluminado nos outdoors, sussurrados nos ouvidos desesperados na calada da noite. Vamos telefonar, escrever, fazer palestras, enviar vídeos, sonhar projetos, correr intensamente dos agressores, descansar nas sombras da vida, no acolhimento do aconchego amigo, vamos lutar com nossos corpos, almas e falas, encenar a trágica violência, treinar lutas, ouvir lutadoras, mas principalmente vamos compartilhar as vitórias.

Enfim, que se use todas as possibilidades de se estabelecer uma comunicação com a diversidade de estilos de aprendizagem catalogadas por Gardner – Teoria das inteligências múltiplas de Gardner: confira os tipos! (descomplica.com.br):

1. Lógico-matemática;

2. Linguística;

3. Interpessoal;

4. Corporal;

5. Intrapessoal;

6. Espacial;

7. Musical.


Vamos inventar o novo, usar os recursos de mídias disponíveis e reaprender a falar ao “pé do ouvido” como a minha avó fez comigo, relatado no texto de 01/08/2022, como que para sondar os possíveis riscos.

Chamaremos nossas filhas, sobrinhas e amigas da filhas e sobrinhas para contar como era a luta das mulheres antes das conquistas atuais. Cantaremos as conquistas alegremente, no mais lindo estilo evangélico e também no estilo afro e quantos outros gritos harmônicos ou não que a mulher possa dar para que o processo de liberdade se concretize, encontrando harmoniosamente com as diferenças para gerar mudanças germinando a paz.

Porque se somos múltiplas, nossas formas de lutar por mudanças também devem ser múltiplas.


VAMOS PRECISAR DE TODO MUNDO – UM(A) MAIS UM(A) É SEMPRE MAIS QUE DOIS. - https://www.youtube.com/watch?v=WwSCm5H5kh0


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