segunda-feira, 28 de março de 2022

EMPATIA

SOBRE EMPATIA, CAMINHADA, ESPERA, CAVALGADA, SACRIFÍCIO.

Hoje acrescento:

LIMITAÇÕES


Uma das minhas características mais estranhas é a mania de fazer coisas para as quais não tenho nenhuma habilidade ou dom, entre essas atividades, está o esporte.

Amo a prática de esporte, desde criança sonhei em praticar algum ou alguns, mas não tenho a menor habilidade… rss.

Entre as realizações que a vida me possibilitou está frequentar academias e superar um pouco essas LIMITAÇÕES. O legal na prática de esporte é que o seu grande adversário é você mesmo, se vencer a sua dor, a sua dificuldade respiratória, já está muito bom.

Outro grande presente que a vida me possibilitou foi um marido que gosta de esportes e sempre me incentivou a praticá-lo e, muitas vezes, me introduziu à prática de determinada modalidade.

Entre os esportes praticados juntos, esteve a corrida. Foi ele que me ensinou a correr, acompanhou-me em minhas limitações, teve paciência com minhas fraquezas, acolheu-me nas minhas quedas. Enfim praticou plenamente a empatia.

Quando estamos aprendendo a correr, chega um momento em que o desespero toma conta, a respiração chega ao limite e temos uma sensação clara que se não pararmos vamos morrer. Os especialistas sabem que, se o iniciante conseguir passar por esse momento, essa fração de segundo de desespero total, conseguindo concentrar-se na respiração, “acertar o passo” em um ritmo suportável, aprenderá a técnica da corrida e poderá desfrutar de seus benefícios.

Existem muitas técnicas para ensinar o iniciante a passar pelo processo. Meu marido, na época que me ensinou a correr, utilizou a “técnica da distração” – depois de correr comigo alguns dias até o meu limite, guardou para si a decisão de que era a hora de avançar e naquele dia fatídico, quando eu estava chegando ao meu limite e já apresentava sinais de que iria parar de correr ele começou a conversar comigo e me perguntou se eu conseguia correr até o próximo poste, quando cheguei ao poste ele disse que não era aquele, mas a próxima árvore, e assim foi... a meta era sempre ir um pouco mais além, alguns metros depois... e assim eu corri mais um pouco, até o momento que eu falei pra ele:

“EU NÃO AGUENTO MAIS!”

Ele sorrindo carinhosamente falou uma frase que marcou nossa vida:

“CORRE SEM AGUENTAR MESMO.”

Me lembro que olhei pra ele e sorri, corri mais um pouco e claro alguns centímetros depois parei de correr e me coloquei a caminhar. Mas a partir desse dia consegui ultrapassar o meu limite na corrida, estabeleci meu próprio ritmo, aprendi a desafiar meus limites e durante anos pratiquei o esporte, e consegui correr sozinha, utilizando as minhas metas como estímulo.

Dessa experiência lúdica e esportiva tirei algumas lições significativas:

1- às vezes a vida te levará ao limite e você terá de CONTINUAR SEM AGUENTAR.

2- Será bem mais suportável o processo se tiver do seu lado alguém que seja empático com as suas necessidades.

3- associar empatia com OBJETIVOS PESSOAIS DE SUPERAÇÃO construtivos possibilitam experiências gratificantes e significativas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

TRANSFORMANDO FRAGILIDADE EM FORÇA

Transformando desequilíbrio em equilíbrio. Um brilho do sol refletido no espelho insiste em incomodar, direcionando o fechar dos olhos para ...