segunda-feira, 27 de setembro de 2021

POR ONDE COMEÇAR?


Vivemos um tempo desafiador no campo das relações sociais /políticas/ideológicas.

 

Vivemos extremas diferenças em nossas relações sociais que nos desafiam e nos coloca em alerta. Nossas famílias muitas vezes expressam suas diferenças ideológicas radicalmente, demonstrando "rachas" que durante muito tempo conseguimos "jogar pra debaixo do tapete".

Modelos utilizados anteriormente para administrar nossas relações sociais não funcionam mais, mostraram-se frágeis e ineficientes quanto ao processo de desenvolvimento e aprimoramento humano.

Ao longo de nossa vida seguimos as instruções:

Caminhamos, caminhamos e caminhamos.....
Refletimos, refletimos, refletimos....
Esperamos, esperamos, esperamos.....
Sonhamos, sonhamos, sonhamos....
Trabalhamos, trabalhamos, trabalhamos....
Rezamos, rezamos, rezamos....(católicos)
Oramos, oramos, oramos....(evangélicos)

Reprimimos nossas emoções,

Fizemos terapias,
Retomamos antigas práticas espirituais,
Conhecemos novas práticas espirituais,
Adotamos conceitos científicos,
TREINAMOS,
Estudamos, ah meu Deus, como estudamos!
Conversamos,
Fizemos campanhas políticas, conscientização política,
Vencemos, perdemos, recomeçamos,
Etc, etc, etc.....

Mas nada do que fizemos até hoje nos preparou para isso que estamos vivendo.

Através da destruição de direitos da classe trabalhadora, que foram duramente conquistados em um período histórico de lutas sangrentas muito longo – 1888 a 1988 – estamos nos colocando diante de um abismo social, pois fica clara a percepção de que estamos sendo forçados a nos direcionar para a barbárie.

Talvez, por serem desprovidos do conhecimento histórico da organização social, as pessoas desconhecem que sem leis que regulam a sociedade, vive-se a barbárie.

O que mais nos angustia é saber que chegamos a isso através da escolha supostamente consciente, ou seja, através do voto.

Seguindo um modelo ideológico onde a agressão verbal é o lema da campanha, é a ideologia dominante. Muitos seguem esse caminho como que hipnotizados pela própria raiva, que não lhes deixam ver o quanto estão perdendo em direitos duramente conquistados historicamente e ficando de “mãos vazias” para continuar a árdua caminhada da vida.

Isso toma outras proporções, quando um belo dia, em um diálogo virtual alguém muito próximo, como que te "ameaça" por você estar defendendo aquilo que você sempre foi, sempre viveu intensamente em suas relações cotidianas.

Mas do outro lado dessa perspectiva macabra, temos aqueles que lutam bravamente contra esse estado de horror, buscando saídas e soluções para um desafio até então não vivenciado.

Toda essa luta possui vários aspectos. Vou abordar aqui, nos próximos textos, apenas um deles. O DIÁLOGO COMO INSTRUMENTO DE CONSCIENTIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO.

Vou abordar o desafio ideológico atraves daquilo que me incomoda, mexe com as minhas “entranhas”.

E é  também o tema para o qual fui treinada pela vida, sem saber exatamente por quê. Sim, muito antes do "rachas" ideológicos nas famílias, eu já vivia conflitos intensos nas minhas relações sociais que me obrigou aprimorar a  linguagem, adaptar posturas, "engolir sapos" com um sorriso, virar o rosto pra disfarçar a dor e etc... e descobrir um tempo depois que nada disso era suficientemente  eficiente. E ser sempre obrigada a RECOMEÇAR e APRENDER ALGO NOVO na próxima luta.

Às vezes penso que os ciclos da vida são fadados a nos levar a um sensação de fracasso total, de vazio existencial, para que só então possamos "reunir os cacos" de um esforço mal sucedido e RECOMEÇAR.

O fato pra mim é que vivi muitas experiências que me levaram a definir o campo das relações sociais como uma verdadeira arena. Arena essa na qual  APRENDI a sobreviver. Pelo menos até hoje.

Ao definir a comunicação social, meu tema de vida e o diálogo como instrumento de conscientização e desenvolvimento humano, sigo o que algumas teorias da psicologia e pedagógicas ensinam – comece por aquilo que você já está apto, por aquilo que já tem conhecimento e depois se expanda.

Mas São Francisco de Assis também fala disso:

Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível. https://www.pensador.com/frase/Mzg4/

 

E você?

O que abala suas entranhas?

O que tem de aprender?

O que já sabe?

Qual o seu começo?

Qual o seu primeiro passo?

 

 

 

 

Um comentário:

  1. Tudo vem por terra quando acreditamos em uma mentira, então devemos nos conscientizar primeiro no ideal que acreditamos, buscar nossos direitos e lutar por eles, principalmente algo que deveria ser a base da liberdade. DEMOCRACIA, infelizmente neste país ela é parcial, mascarada, começando pela sua liberdade de escolhas, voto obrigatório não é DEMOCRACIA, pelo menos não aquela que eu imagino, então quando um povo se submete a está mentira, não temos como discutir, tudo baseado na mentira cai por terra.

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