quinta-feira, 9 de outubro de 2025

AUTO IMAGEM - CAMINHOS - DORES

Hoje gostei da imagem que vi no espelho enquanto treinava.

Parecia que uma energia especial tomava conta de mim e ia superando a dor - o nome disso é desenvolvimento.


Lembrei dos meus sofrimentos cotidianos:

- assédio moral 

- objetivos não realizados 

- fragilidade física.


Em uma discrepância entre dores, LEMBREI-ME DOS VÍDEOS DO GENOCÍDIO PALESTINO.


Seguindo a frase do poeta espanhol Antônio Machado - Caminheiro não existe caminho, o caminho se faz ao andar - deixei a mente "caminhar" espontaneamente em seus temas que surgem do mistério de todas essas angústias.


Então odiei as mensagens de "coaching", que nos orientam a olharmos os problemas dos outros para suportar os nossos.Eles propõem o seguinte raciocínio: “olhem para o mendigo da rua, ele não tem nada e ainda sorri, você tem uma casa, um teto, comida, máquina de lavar e está reclamando do que?”  Segundo os "coachings" da internet, isso seria uma motivação para seguir em frente e superar as tristezas e desânimos.

Minha amiga Elisa diz que pensar nas tristezas dos outros apenas aumenta as suas. Eu comumente penso que comparar dores é de uma desumanidade sem tamanho.

Lembro-me do slogan "todas as vidas importam” e o parafraseio: “TODAS AS DORES IMPORTAM.”


A mente "caminhou" mais um pouco e lembrei-me do dia no trabalho em que eu estava sofrendo muito com as dores do meu aparelho dentário e uma colega teve um infarto, me fazendo sentir medíocre em minha dor. Um colega me perguntou:

- Nilceia, sabe qual é a maior dor do mundo? 

- Respondi que não.

-  A SUA. A DOR QUE ESTAMOS SENTINDO NO MOMENTO É SEMPRE A MAIOR DOR DO MUNDO.


Mas hoje me pareceu medíocre e desproporcional pensar que a minha dor de uma fragilidade física que se manifesta na aula de alongamento e minha dor emocional diante do assédio moral inerente a algumas relações sociais são equivalente a dor de um pai palestino que "protege" seu filho com o próprio corpo enquanto ouve seus familiares gritarem diante da morte. 


Então minha mente "caminha" espontaneamente para uma síntese:


“NÃO, MINHA DOR DE MULHER DA CLASSE TRABALHADORA DE UMA SUPOSTA CLASSE MEDIA BRASILEIRA NÃO É MAIOR QUE A DOR DA BARBÁRIE QUE ATINGE AO POVO PALESTINO.”


Então o que fazer diante de tanta dor?


Minha mente "caminha" um pouco mais e a CATÓLICA em mim se manifesta com força:

“TODAS AS DORES ADQUIREM SENTIDO LIBERTADOR QUANDO OFERTADAS JUNTO COM O SANGUE DE CRISTO NO ALTAR DA IGREJA E TRANSFORMADAS EM LUTAS POR JUSTIÇA E PAZ NO PALCO DA VIDA.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AUTO IMAGEM - CAMINHOS - DORES

Hoje gostei da imagem que vi no espelho enquanto treinava. Parecia que uma energia especial tomava conta de mim e ia superando a dor - o nom...