terça-feira, 14 de janeiro de 2025

NÃO VOU DESISTIR!

DE 2003 A 2025

Minha trajetória de superação.


Dia 13/01/2025

Fiz aniversário dia 09/01.

Portanto, "oficialmente" para mim, o ano começa no primeiro dia útil após o dia 09 de Janeiro.

Esse é um "ritual de passagem de ano" que faço a algum tempo - vou diminuindo, diminuindo, diminuindo as atividades e o ritmo, até quase não haver muito a fazer além do trabalho formal e a contemplação de um tempo suave que se manifesta em uma brisa e no céu azul encantador. Acho que é isso que chamam de bucólico. Minha alma entra nesse estado quase que naturalmente.

Mas o tempo passa.

Chegou o dia 13/01 - primeiro dia útil do ano para minha alma que já superou o cansaço e está repleta de esperança.

Hora de retornar os relatórios de assédio moral, de discutir sobre antigos problemas e as novas tendências no enfrentamento dos mesmos.

Hora de fazer as pazes com o tempo e ressignificar o passado.

E neste ressignificar o tempo, me lembrei de um acontecimento muito desagradável no final de Julho de 2003:

Alguns dias após um fracasso profissional provocado por alguém que eu amava muito e que me levou a um intenso desespero emocional, recebi a visita de alguém próximo, que "educadamente" me disse uma frase avassaladora:

“AGORA ESTÁ NA HORA DE VOCÊ DESISTIR.”

Me lembro da minha intensa RESILIÊNCIA e domínio emocional naquele momento. Meu desejo era "voar na pessoa e colocá-lo para fora da cozinha da minha casa alugada, com socos e pontapés, gritos e berros, mas estranhamente me senti calma, e olhando suavemente para a pessoa eu disse:

“Eu sei que este é o desejo de muitas pessoas, mas pode dizer a todos e a todas que eu não vou desistir. Prefiro morrer de velhice, frustrada por não ter conseguido, mas estarei tentando sempre.”

Em 2003, eu tinha 34 anos e a sociedade já me pressionava a desistir. Hoje me pergunto se isso é uma questão pessoal, ou se a vida de muitas mulheres é esse inferno que de astral não tem nada, com uma pressão insuportavelmente concreta para desistir, morrer um pouquinho dentro de si, deixar-se para lá, "abrir mão" daquele brilho encantador nos olhos, da intensidade da fala, do gesto desafiador.

Depois dessa "pancada" em 2003 e algumas muitas lágrimas até 2006, quando as coisas começaram a melhorar, aprendi a sorrir para amigas(os) e inimigas(os) e para a vida.

E assim, após abandonar a fantasia da guerreira com uma espada, decidi conscientemente me tornar uma guerreira do espírito.

Chego em 2025, no auge dos meus 56 anos, com um intenso sentimento de AÇÃO DE GRAÇAS:

“QUE BOM QUE EU NÃO TE OUVI EM 2003!”

“QUE BOM QUE FIQUEI COM A FORÇA DE UMA PULSÃO INTERIOR, QUE DE RACIONAL NÃO TEM NADA.”

Então capturo a poesia de Caetano Veloso na voz de Maria Bethânia e inicio o meu ano novo com um tiro de auto afirmação em minha alma:

"Não tenho escolha careta, vou descartar."

https://youtu.be/SnspsZYQogY?si=_vGjE8twsUd2zqEM

E atrevidamente eu repito:

NÃO VOU DESISTIR!

Um comentário:

  1. Parabéns por não ter desistido. Que baita resiliência em momentos desafiadores. Isso falta muito nos dias de hoje para as pessoas.

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