FIM DE ANO CHEGANDO E DECIDI FAZER UMA RETROSPECTIVA EM FORMA DE AÇÃO DE GRAÇAS.
O lanche conjunto, a partilha desinteressada, a ausência de discriminação entre funcionários de diferentes contratos.
Vim aqui AGRADECER, porque, durante quatro anos, reproduzimos suavemente, discretamente a "Santa Ceia e a Multiplicação dos Pães", com diversão em torno da mesa farta que esbaldava solidariedade.
Me pergunto por que o ser humano só percebe o SAGRADO no passado, ou melhor dizendo, na SAUDADE, e então o projeta em PROFECIAS COMO SONHO QUE SERÁ O RESULTADO DE NOVA LUTA.
E o presente sagrado e/ou sagrado presente se perde entre as batalhas do dia a dia.
Quando perdi o SAGRADO do encontro sem discriminações em torno da mesa e fui confrontada com realidades discrepantes aos meus princípios mais sagrados, então me dei conta que, cada gesto, cada possibilidade de alimento era uma manifestação de carinho e esperança e portanto era um momento SAGRADO.
Parecíamos querer o poder de curar qualquer dor com o bolo de aniversário, o chocolate quente, a pizza, os doces da festa junina. E de tanto desejar o poder, talvez o tenhamos conseguido na mística de uma partilha desinteressada.
Assim, vim até aqui para AGRADECER a festa junina, repleta de doces disponíveis a todos e todas, as festas de aniversário, a "vaquinha" no fim da tarde, os desafios, as comemorações de datas particulares e grupais - SEMPRE COM PARTICIPAÇÃO DE TODAS E TODOS.
Vim relatar a SAUDADE da brincadeira repetida diversas vezes quando se perguntava se estava bom, e a resposta vinha com uma seriedade que escondia a nossa gula e desejo de quero mais:”NÃO SEI SE ESTÁ BOM, PRECISO COMER MAIS UM POUCO PARA TER CERTEZA” 🤭🤭🤭
E assim a vida se repetia, as metas se apresentavam, algumas eram cumpridas outras não, alguns as cumpriam, outros não.
Diferenças à parte, tudo parecia PODER ser resolvido em torno da mesa, do lanche um pouco patrocinado, um pouco comunitário.
Porque o sistema capitalista divide o TRABALHADOR em diversas categorias, mas quando aqui embaixo, na lida do dia a dia, somos capazes de trazer a diferença da empatia e do acolhimento, começamos a acreditar no MILAGRE DO ENCONTRO E DA RENOVAÇÃO.
ASSIM, OBRIGADA PELA GENEROSIDADE DA "COMILANÇA" - NÃO VIVÍAMOS NATAL TODO DIA COMO A MÚSICA DO ROUPA NOVA, MAS PELO MENOS UMA VEZ NA SEMANA, NÓS ENCARNÁVAMOS A EXPERIÊNCIA MÍSTICA DE UM NATAL ENCANTADO, PARTILHADO E ALIMENTADO.
Gratidão! 🙏🏼
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