Em toda missa, os católicos repetem antes da comunhão, a seguinte passagem bíblica:
“Senhor, EU NÃO SOU DIGNA que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e serei salva.” Tenho rezado a Jesus, o Senhor da PAZ, pedindo que Ele diga uma só palavra e salve o povo Palestino dos ataques brutais dos quais estão sendo vítimas”.
E penso também, o quanto NÃO SOU DIGNA, pois sou frágil e vulnerável em minhas lutas. Contemplando as barbáries dos ataques contra o Povo Palestino, me dou conta de quanto as minha lutas são pequenas, ridículas, diante de tamanha atrocidade. Me entrego a AÇÃO DE GRAÇAS por tudo que a vida me ofereceu de bom e peço que todas essas graças se tornem instrumento de vida para outras pessoas, bichos e seres. Que as GRAÇAS que recebi se tornem LUZ e permita que a vida se expanda em sua exuberância natural.
Contemplando a minha INDIGNIDADE, vislumbro também a fragilidade da cultura ocidental, que sucumbe por bem menos que a guerra. Sucumbe ao ódio de teorias mirabolantes, perdendo seu espírito em ideias inúteis, maléficas...
E é contemplando a minha indignidade que concluo:
EU NÃO ABRAÇARIA UMA MULHER PALESTINA porque NÃO SOU DIGNA de o fazer.
Minhas fragilidades, mimos, pirraças, desistências, me impedem de alcançar a mística desse abraço de luta e resistência pela vida.
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