CONTINUO FALANDO DE POLÍTICA
“10.Assim também vós, depois de terdes feito tudo o que vos foi ordenado, dizei: Somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos fazer.” São Lucas, 17 - https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/sao-lucas/17/
“10.Assim também vocês: quando tiverem cumprido tudo o que lhes mandarem fazer, digam: ‘Somos empregados inúteis; fizemos o que devíamos fazer’.” São Lucas, 17 - Bíblia Sagrada - Edição Pastoral: texto - IntraText CT (paulus.com.br)
“10.Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: ‘Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer’.” Lucas 17 - Bíblia (bibliaonline.com.br)
Como podemos ver, existem divergências nas traduções:
- somos servos inúteis,
- empregados inúteis,
- servos como quaisquer outros.
E hoje, podemos mudar o gênero das palavras, lembrando que as mulheres também são servas e trabalhadoras. Aliás, as mulheres são sempre protagonistas nas grandes campanhas da humanidade.
A partir da liberdade religiosa e de interpretação bíblica que adquirimos através dos tempos, POSSO PENSAR que, ao longo da história humana, nas relações de trabalho, o escravo se tornou servo e depois se tornou empregado, em um processo lento de conquista dos direitos trabalhistas. E que todos nós, humanos, somos servos como qualquer outro semelhante e que todos somos inúteis quando nossa ação é firmada no egoísmo, na ilusão da autossuficiência e da meritocracia.
E me lembro aqui da frase de Santa Madre Teresa:
“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota” - Madre Teresa de Cálcuta (frases.art.br).
E assim, nós mulheres, vamos fazendo lutas e nos refazendo dentro de conceitos que nos orientam e nos libertam. “Jogando” com palavras que nos envolvem e transformam nosso ser, nos preparando para a próxima fase.
Por isso escolhi essa passagem bíblica. Sou serva inútil, apenas cumpri o meu dever, como instrumento de renovação imediata de um período intenso de luta pela democracia, pelo respeito às religiões diversas, pelo amor ao próximo, pois a mesma me possibilitou um despojamento imediato do orgulho da vitória, colocando-me em contato com uma prontidão interior para a ação.
Quando decidi me embrenhar nessa campanha pela vitória do Lula, o fiz inicialmente consciente que não era pelo Lula, era pela democracia. Depois os itens foram se expandindo e fui entendendo que:
- Não era apenas pelo Lula, era pela democracia.
- Não era apenas pela democracia, era pela classe trabalhadora.
- Não era apenas pela classe trabalhadora, era pela liberdade religiosa.
- Não era apenas pela liberdade religiosa, era contra as agressões às religiões diversas e a favor da paz entre os mais diversos grupos existentes no nosso país.
E depois de tantas agressões, ofensas à minha fé e desrespeito aos princípios do Evangelho, entendi que não era apenas isso. Entendi que o momento chamava à mim e todas nós, a lutar pelo próprio Evangelho de Cristo, pela essência espiritual ali contida, que foi preservada historicamente com o sangue de muitos, cujo espírito fraterno e misericordioso deve ser mantido, mesmo quando obviamente não conseguimos realizá-lo piamente, porque, afinal de contas, somos trabalhadoras inúteis em nossa pequenez.
E hoje, depois de um mês de intensa luta com reorganização da agenda diária, com tudo virado de “ponta cabeça”:
- casa por limpar,
- exercícios físicos sem fazer, acarretando dores musculares intensas,
- livros para serem lidos,
- orações a serem feitas,
- e nem sei mais o que eu deixei de fazer...essa lista dos afazeres femininos, nunca acaba..kkk.
Encerro essa etapa da luta em defesa da democracia e de tudo que há de mais sagrado para mim, fazendo o despojamento simbólico da estrutura dessa etapa.
Me desfaço da antiga estrutura, com a frase bíblica - Sou serva inútil, apenas cumpri o meu dever, e assim, sem abandonar a fé que me estrutura, tal qual lagarta que virou borboleta, automaticamente me organizo para o próximo movimento de conscientização política, de testemunho de vida e atuação.
Porque nunca foi tão atual as palavras do nosso presidente Lula quando ainda era metalúrgico: “A LUTA CONTINUA”.
Ou como prefere uma pessoa próxima a mim, que eu amo muito:
“É O MOVIMENTO – É O PROCESSO – É A DINÂMICA DA VIDA PULSANDO E EVOLUINDO EM NÓS PARA O PRÓXIMO PASSO”.
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