terça-feira, 8 de abril de 2025

FALAS INCONVENIENTES OU RACISMO RELIGIOSO


UMA LINHA TÊNUE


Recentemente vivi uma situação muito desagradável. Recebi visitas no meu sítio, cujo nome indica a minha fé e a minha religiosidade - SÍTIO NOSSA SENHORA APARECIDA. Um local lindo, cercado de natureza, onde todos, todas e todes  são bem vindos e acolhidos no espírito cristão, independente de sua fé. 

Em um determinado momento, uma pessoa que já foi católica e que agora está flertando com o que se denominou de espiritualismo, começou a falar mal da Igreja Católica, citando o filme da Netflix, onde o Papa Bento XVI confessou que omitiu casos de pedofilia dentro da Igreja. Ouvi suavemente a fala dela e preocupada em NÃO COMPACTUAR com a pedofilia, respondi que tinha assistido o filme e que em um determinado momento dele, Bento XVI olha para Bergolio e diz: “EU QUERO CONFESSAR.” Destaquei que esse momento de AJOELHAR-SE E PEDIR PERDÃO é o maior gesto do catolicismo perpassado por séculos e séculos. 

Destaco que estas acusações foram feitas ao lado, aparentemente com o apoio de uma pessoa que é Ministra da Eucaristia, e que NÃO FALOU uma palavra em defesa da Igreja.

Não sei porque não o fez - talvez por não dominar os "macetes" de um debate, talvez por falta de conhecimento, ou medo de gerar conflito em um encontro entre "amigas".

Ou ainda: todas as alternativas anteriores e mais algumas que estão ocultas.

O mais triste é que a pessoa que atacou diretamente a Igreja Católica é supostamente de esquerda.  A Ministra da Eucaristia, que não defendeu a Igreja Católica, é uma adepta discreta da extrema direita.

Enfim, minha  resposta foi dada e o assunto se encerrou temporariamente no encontro, mas não se encerrou na minha alma e acredito que minhas respostas tão bem elaboradas, fruto de anos de estudo , terapia, participação social, leituras, cursos, não deram frutos:

-  ninguém se converteu ao verdadeiro cristianismo, cuja missão é morrer para defender os mais frágeis. 

ninguém deixou de ser da extrema direita

-  ninguém aprendeu a respeitar a religião do outro na casa do outro.

-  não se formou um grupo de mulheres para discutir e intervir contra a pedofilia. 

-  não se reconheceu os esforços do Papa Francisco para superar a pedofilia dentro da Igreja 

não me pediram o link da cartilha sobre o tema que o Papa Francisco elaborou. 

-  não me perguntaram dos meus conhecimentos sobre o tema.

-  não me perguntaram o que diz o Estatuto da Criança e do Adolescente. 

É por isso, que na minha interpretação não havia na abordagem do tema qualquer preocupação real com a segurança de crianças, mas apenas o objetivo de apontar uma falha grave da Igreja Católica, sem o reconhecimento justo dos esforços da mesma para superar o problema. 

E assim, de derrota em derrota, vou  preparando minha alma, para receber o próximo ataque, e que o Espírito Santo me dê paciência, calma e sabedoria.

O que mais me chamou a atenção é o fato de que o ataque ocorreu na minha casa, no meu sítio, no meu espaço simbólico - para mim um sinal claro de sinal dos tempos, onde o desrespeito religioso, pode ocorrer a qualquer momento e em qualquer lugar. E se isso aconteceu comigo, que sou católica, fico imaginando o que se fala para pessoas de religiões que não possuem a mesma inserção social e política da Igreja Católica. 

Termino dizendo que minha alma anseia por frutos de respeito e de convivência pacífica entre pessoas de religiões diferentes e que todas as religiões lutem contra o avanço do pensamento Nazista  em nossa sociedade.

O sonho de conversão dos cristãos ao verdadeiro cristianismo eu deixo para uma próxima oportunidade.

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